7 de jan. de 2014

RESENHA: She's Not Invisible

postado por Unknown

Nome Original: She’s Not Invisble   
Autor(a): Marcus Sedgwick
Ano: 2014
Editora: Orion Children’s
Páginas: 216
Onde Comprar: Amazon, Book Depository

Nunca tinha lido nada do Marcus Sedgwick, mas lembro de que vi a capa de She’s Not Invisible na Amazon e me apaixonei sem nem ter lido a sinopse. Como ele foi lançado agora no final de 2013 (o livro está como edição de 2014), talvez ele demore a chegar no Brasil. Por isso eu resolvi ler no kindle e tornar essa obra o meu primeiro livro lido em 2014.

She’s Not Invisible nos traz a história de Laurenth, uma garota inglesa de 16 anos que tem um irmão de sete, o Benjamin. Eles são filhos de um autor que outrora fora muito conhecido por escrever livros considerados “engraçados”. Mas há tempos Jack Peak não escreve alguma coisa memorável e há mais tempo ainda ele tenta escrever um livro sobre um tema específico, um livro sobre coincidência.

Há outro detalhe importante em Laurenth: ela é cega. Mas não vá achando que o livro será sobre isso, por que não é. Claro que sua deficiência está em cada página da história, mas o objetivo de Sedgwick não é apenas falar sobre a cegueira. É falar, como diz a capa original, sobre obsessão, esperança, fé e, claro, coincidências. Jack Peak começou a ensinar sua filha a entender que o mundo também funciona por meio das coincidências, conjuntos e números. Como todas essas coisas estão interligadas e como tudo na vida é uma questão de perspectiva.

Na última vez que Laurenth viu o pai, ele estava a caminho da Europa em uma viagem de pesquisa para o tão esperado livro. Quando a garota descobre que o inseparável caderno de anotações do pai foi achado nos Estados Unidos, ela sabe que alguma coisa aconteceu. Sem conseguir se comunicar com o pai e com o descaso da mãe que não está muito preocupada com o paradeiro dele, Laurenth decide pegar um avião para Nova York e descobrir por si mesma o que aconteceu. Sabendo que não conseguirá chegar muito longe sozinha ela leva Benjamin com ela. Ao chegar na “Big Apple” Laurenth e o irmão seguem os misteriosos rastros do pai e descobrem uma realidade um pouco sombria e algumas vezes perigosa.



Durante a história vemos como a relação entre os irmãos é bonita. Benjamim é o apoio de Laurenth, eles trabalham juntos em todos os sentidos. A garota tenta fazer com que sua cegueira passe despercebida e na maioria das vezes ela consegue, graças ao irmão que, apesar de sempre guiá-la, deixa a impressão para os outros que é a irmã mais velha quem o está guiando. Como disse, o fato de Laurenth não ver não é exatamente o ponto principal do livro – é o desaparecimento do pai – mas foi muito gratificante ler algo em que a protagonista enxerga o mundo de uma maneira diferente.

Laurenth diz diversas vezes que nunca desejou ver, afinal como ela poderia desejar algo que ela nem sabe como é? Ela aceita muito bem a falta de visão, mas as outras pessoas não. Em várias cenas vemos o desconforto das pessoas quando percebem que ela não pode enxergar.  Mas a garota já está acostumada e está muito preocupada com o pai para poder ligar para o que os outros pensam. Não há nenhum momento em que a falta de visão ou a pouca idade dos irmãos atrapalhe o progresso da procura por Jack Peak. Surpreendentemente, os dois conseguem se virar sozinhos muito bem.

Laurenth é uma ótima narradora. Com ela o texto nunca fica exaustivo e a história dá muito pano pra manga então não me senti cansada nenhuma vez. A narrativa dela se revesa entre o presente e o passado, e é com esses flashbacks que conhecemos Jack Peak. Acompanhamos os irmãos apenas por um dia, mas essas 24 horas são suficientes para muitas coisas acontecerem e para fazer com que você perca totalmente a noção do tempo.

2 comentários:

  1. Laurenth parece uma daquelas protagonistas fortes e com quem você logo se identifica! Vou ver se esse livro está na iBookstore também, porque é por lá que compro meus eBooks, rs. Adorei seu blog. <3
    Abraço,
    Vinícius - Livros e Rabiscos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A Laurenth é assim mesmo, Vinícius. É muito fácil se ligar à ela e, como eu disse no texto, ela é uma ótima narradora. É muito legal ver as coisas pelo ponto-de-vista dela! Não uso iBookstore, mas vou dar uma passada lá e ver se tem outros ibooks que me interessam.

      Beijos

      Excluir

O que acharam do post, borralhos? Me contem tudo, mas sem brigar, viu?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...