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Não julgue um livro – menino – pela capa – cara. É o que diz a contra capa de Extraordinário. Só essa frase já mostra para o leitor que o que vem por aí é bomba. Na verdade, a obra de R.J Palácio, que por sinal é uma mulher, é um puxão de orelha e um abre olhos, afinal, sempre tem aquele momento que nos deixamos levar pelas aparências.
Augustus Pullman é um garoto
de 10 anos com os mesmos desejos e receios de qualquer criança dessa idade. A
única coisa que o difere das outras pessoas é que ele tem uma deformidade
facial e dificuldades para ouvir e falar causadas por uma síndrome genética.
Por isso ele sempre estudou em casa, numa iniciativa dos pais para protegê-lo.
Do que? Dos olhares censuradores, piedosos ou aversivos que ele recebe, por
exemplo, em um simples passeio na soverteria. Ir para a escola não seria fácil
para Auggie.
Mesmo assim, no início do
livro ele se matricula em uma escola de Nova York. E aí gente...Aí nós
começamos a ver que o ser humano pode ser muito cruel, independente da idade. Como já era de
se esperar, Auggie sofre algumas "brincadeiras" das crianças do lugar. Mas, por
outro lado, também é recebido com afeto e normalidade por algumas outras, como
a garota Summer que logo vira melhora amiga de Auggie. Ou seja, existem sim pessoas boas no mundo.
Mas, o que mais me chamou a
atenção foi a autora usar, sutilmente, aquela questão de que os filhos são
espelhos dos pais. As crianças mais malvadas com o Auggie, claro, são filhos de
pessoas que afundam em seu próprio preconceito e que, ao olhar para Augustus,
não veem uma criança, apenas um ser deformado, fora do padrão. Obviamente, isso é passado para seus rebentos que aprendem a tratar os demais de acordo com sua aparência, status, forma de pensar e etc.
Só que Auggie, como já dito, é gente como a gente e tudo o que ele quer é ter uma vida normal. Que as pessoas deixem de ver só o rosto dele. Se ele consegue viver, muito bem obrigado, exatamente do jeito que ele é, por que as outras pessoas não? O livro chega a ser revoltante em algumas partes a nível de você querer jogá-lo contra a parede. Já em outras ocasiões ele é lindíssimo e nos emociona, mas nada ao ponto de nos levar à uma depressão profunda. É no ponto certo.
Só que Auggie, como já dito, é gente como a gente e tudo o que ele quer é ter uma vida normal. Que as pessoas deixem de ver só o rosto dele. Se ele consegue viver, muito bem obrigado, exatamente do jeito que ele é, por que as outras pessoas não? O livro chega a ser revoltante em algumas partes a nível de você querer jogá-lo contra a parede. Já em outras ocasiões ele é lindíssimo e nos emociona, mas nada ao ponto de nos levar à uma depressão profunda. É no ponto certo.
Com um texto bem simples, o
livro é equilibrado. O assunto é pesado, como já era de se esperar, mas por se
tratar na maior parte de crianças, fica um pouco mais leve. Grande parte da
história é narrada pelo pequeno protagonista, mas outras pessoas também têm
voz como sua irmã mais velha e seus amigos da escola. É interessante entender com as outras pessoas vêem Auggie e como ele as influenciou.
Para resumir, o objetivo de
Extraordinário está estampado na capa e nas ilustrações presentes no início de cada capítulo: mostrar que Augustus é apenas uma
criança, como eu e você já fomos e que ele é muito mais do que um rosto. Ele é diferente? Sim! Mas também temos todos
nossas diferenças até por que, ser diferente é extraordinário.
Olá, como vai?
ResponderExcluirEu nunca tinha lido este livro -e ainda não li.
Mas ele parece ser muito interessante, e a premissa é bem legal.
E, adorei a capa ;)
http://incriativos.blogspot.com.br/
Olá, Italo. Vou bem e você?
ExcluirLeia esse livro se tiver a oportunidade. É muito bonito e a história é bem interessante. Não irá se arrepender. Realmente a capa é linda. Da edição mais recente que é azul é mais linda ainda.
Beijos
Own deu pela do menino, mas curiosidade pra ler.
ResponderExcluirSeguindo, retribui?
http://www.wondermarcelo.blogspot.com.br/
Oi, Marcelo.
ExcluirRealmente dá muito pena do Auggie durante a leitura. Mas, infelizmente é o que acontece!
Beijos
Li esse livro mas não fiz resenha. Eu gostei, achei show o jeito que a autora abordou o assunto, e a sistemática do livro é ótima, podemos ver o Auggie por diferentes olhos, e achei isso o máximo. Não me surpreendeu, por já ter um final previsível e a história também já ser previsível, mas não tira a beleza do livro.
ResponderExcluirBeijos, Lu!
http://gimmeflowers.blogspot.com.br/
Oi, Lu.
ExcluirConcordo com você, o final é bem previsível mas isso não torna o livro desinteressante. O fato das outras pessoas darem seu ponto-de-vista torna a história bem mais fluída. Se fosse só o Auggie o livro perderia a essência.
Beijos
A história parece ser muito emocionante e envolvente. Daquelas repletas de lições de vida!
ResponderExcluirAdorei essa questão dos filhos serem reflexos dos pais. Eu realmente acredito nisso.
E eu não sabia que é uma autora. Sempre pensei que fosse homem rs Não sei por quê.
Adorei sua resenha. E muito obrigada por comentar lá no blog :)
Beijos
Mell Ferraz
http://www.literature-se.com/
E ela é mesmo assim! Apesar de ser bem simples, está cheia de lições e de reflexões. Vale a pena a leitura. Também acredito que os filhos são reflexos dos pais, afinal, é neles que nos espelhamos quando somos pequenos.
ExcluirBeijos
Oi Jana, tudo bem? Acho que é a primeira vez que visito o seu blog e gostei muito, ainda mais que me deparei com a resenha de um livro que sempre tive curiosidade em ler mas nunca tinha lido nenhuma opinião a respeito dele ainda. Ao ler o seu texto o livro do John Green me veio a cabeça, parece ser o mesmo ''estilo'' de livro, mas gostei da ideia do autor de abordar um assunto tão complicado e que muitos não se importam... O livro deve mostrar a realidade, mesmo que dura, de muitas pessoas que são julgadas pela aparência ou por terem alguma deficiência, fiquei com vontade de ler :)
ResponderExcluirAbraços
www.entrepaginasdelivros.com/
Que bom que você gostou do blog, Caique. Realmente a ideia do livro lembra um pouco A Culpa é das Estrelas, até por que nos dois livros os personagens querem levar uma vida normal. Mas eu acho Extraordinário um pouco mais leve e menos dramático do que o livro do John Green. Ele é bem realista sim, se puder leia!
ExcluirBeijos!
Não sei você, mas a verdade e honestidade deste livro me acertou em cheio e me arrancou umas copiosas lágrimas, o que é raro um autor conseguir! Rs. Amo Extraordinário, e quero ler mais da R. J. Palacio!
ResponderExcluirAbraço,
Vinícius - Livros e Rabiscos
É muito difícil eu chorar lendo, mas me emocionei bastante com a inocência do August e com o que ele sofreu. Também espero ler mais da autora!
ExcluirBeijos