21 de dez. de 2013

ESTANTE: Casais literários que convencem

postado por Unknown




De um tempo pra cá percebi que eu ando cada vez mais exigente com relação a romance em livros.  A maioria das histórias traz um casal que, em certo ponto se apaixonam e começam a se relacionar. Na verdade, ter um casal é quase um elemento obrigatório em um enredo literário. Por mais que o tema central não seja o amor, pode ter certeza de que ele vai acontecer.

Eu não estou reclamando! Amo um bom romance, acompanhar um casal enquanto esses se descobrem e meus olhos enchem de lágrima com uma cena bonitinha ou com um final triste. Eu tenho coração! Mas, vamos admitir que não é qualquer coisa que funciona. Não basta só fazer com que as personagens principais se apaixonem e pronto. Tem que fazer sentido, convencer. E é exatamente isso o que não acontece em alguns livros.

Não sou escritora e também não tenho domínio nenhum para poder dizer o que um bom e convincente romance deve ter, então me limito a dizer que o mínimo que o leitor precisa é um pouco de coerência. Sabe aquela expressão que diz “isso só acontece em livro?”, pois é. Vez ou outra é ótimo ler uma coisa que sabemos ser, senão impossível, muito difícil de acontecer na vida real. Mas uma história totalmente baseada em elementos inverossímeis me cansa. E muito.

Uma das coisas que me levam a não acreditar no romance em um livro é o tempo. As coisas acontecem rápido demais, principalmente nas distopias que é o estilo de livro que eu mais leio. Esse tipo de história realmente requer um ritmo mais acelerado e por isso vemos personagens se apaixonando perdidamente e fazendo juras de amor depois de poucas páginas.

Claro que o problema é comigo – uma pessoa que acredita que o amor é um sentimento que, na maioria das vezes, é adquirido com o tempo – e não com os autores dessas obras maravilhosas. E para provar a todos que me tacharam de insensível, fiz uma lista de casais literários que SUPER convenceram.


- Emma e Dexter (Um Dia – David Nicholls)

Esse é golpe baixo, eu sei. Afinal, David Nicholls teve mais de 400 páginas para provar que Em e Dex formam um casal real, com seus altos e baixos, defeitos e qualidades. Nada de muito meloso, sem “eu te amo” ditos ao vento. Conhecemos os dois muito bem a ponto de entendermos seus sentimentos ainda que não sejam ditos em voz alta.


- Katniss e Peeta (Jogos Vorazes – Suzanne Collins)

Um exemplo de distopia em que o romance funcionou muito bem, obrigada. Durante toda a trilogia Katniss fica entre Gale, seu melhor amigo, e Peeta, o filho do padeiro que ela fingiu amar durante os primeiros jogos para poder sobreviver. Em meio a uma revolução, Collins mostra o amor de forma muito subjetiva e, em minha opinião, muito real. O amor de Katniss pelos dois é convincente e isso se deve a convivência do triângulo durante os três livros. Eles se conhecem bem, o que é necessário para o nascimento de um sentimento. Quando ela finalmente se decide ficamos com a sensação de que além do coração, Katniss também levou em consideração a razão.

- Hazel e Augustus (A Culpa é das Estrelas – John Green)


Você pode até não ter gostado do livro, o que eu duvido muito, mas não pode negar que Hazel e Gus têm uma química que muito casal literário gostaria de ter. Eles são muito mais do que duas pessoas apaixonadas, são amigos e companheiros. Ambos tentando encontrar juntos o que a vida tem de melhor.



- Sam e Charlie (As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky)


Confesso que os coloquei na lista mais pelo Charlie, por que o amor dele pela Sam é tão inocente e delicado que vale por vários casais de romances literários. E quem nunca amou sem ser amado? Não que Sam não corresponda, mas o amor de Charlie, assim como tudo o que vem dele, é algo singular mas verossímil. Chbosky nos faz acreditar nesse primeiro amor.



Esses são alguns dos muitos casais que me fizeram suspirar e surtar durante as minhas leituras e que, com certeza, conseguiram convencer no quesito romance! E vocês, têm algum casal literário favorito? 


2 comentários:

O que acharam do post, borralhos? Me contem tudo, mas sem brigar, viu?

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