Autor(a): Rainbow Rowell
Ano: 2013
Editora: Novo Século
Páginas: 328
Ah,
o famoso Eleanor & Park. O mais novo queridinho YA romântico do mundo dos
blogs literários. Apenas uma pessoa em um milhão se decepcionou com a história
criada por Rainbow Rowell e, agora que eu li, posso fazer para tais a seguinte pergunta
sem medo: COMO ASSIM VOCÊS NÃO GOSTARAM?
Eu
sei, gosto não se discute, mas há ressalvas em tudo nessa vida e creio que
Eleanor & Park se encaixe nesse quesito e merece sim uma pequenina discussão. Eu, que nunca me comovi muito com
esses romances de Young Adults, literalmente passei mal. De hiperventilar mesmo, gente. Não consegui largar ao
vivo e ainda dei uma chorada boa e libertadora em diversas passagens.
SINOPSE “Eleanor & Park é engraçado, triste,
sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao
livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos
e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas
consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre
vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é
a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus
escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a
conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração
de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se
apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro
amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar
corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo
tempo.”
Pois
é, pessoal. A rapadura aqui não é doce e nem mole. Mas é incrivelmente fofa e toca nossa alma e incha o coração. Eleanor & Park tem tudo o que eu sempre quis em romances.
Personagens adolescentes que se parecem de verdade com adolescentes. Nenhum dos
dois tem a aparência de um membro da One Direction ou dos artistas da Disney
Channel, mas eles são bonitos à sua maneira e, mais importante ainda, são
bonitos um para o outro. Eles se completam, mas não daquela forma gastante e chatinha da maioria dos romances. É natural, engraçado e convincente.
Tudo,
absolutamente tudo mesmo, é tão bonito que chega a dar urticária. A forma como
os dois se aproximam é incrivelmente delicada e Rainbow merece um abraço muito
forte por isso. To melosa demais nessa resenha né? MAS É QUE AINDA NÃO SUPEREI.
Park
e um verdadeiro geek dos anos 80. Ele
lê quadrinhos no caminho da escola, escuta um rock-indie bem legalzinho e gosta
de vestir preto. Quando ele percebe que Eleanor resolveu tomar para ela o
assento ao seu lado que costumava a ficar vago no ônibus, Park não sabe o que
fazer. Conversar ou ignorar? Afinal Eleanor não é a pessoa mais normal que ele já vira.
Digamos que Eleanor sou eu, você e todas as outras garotas na adolescência. Ela é insegura, mas ao mesmo tempo decidida. É sensível, engraçada e muito inteligente (talvez aí nós nos diferenciamos, rs.). Mas o melhor de Eleanor é que ela não é perfeita. Não só fisicamente, mas também emocionalmente. Ela surta e faz besteiras algumas vezes. Assim como qualquer outro ser humano que já passou por essa Terra e isso é demais.
Algumas passagens que me fizeram entender que Eleanor sou eu:
" - Só queria partir essa música em pedaços - ela falou - e amar todos até a morte."
"Iria terminar com por que ela era uma grande bagunça. Por que não conseguia nem ficar perto de gente normal sem ter um treco."
Eles sequer haviam trocado uma palavra, mas a belezura da história já tinha dado as caras. Sim, eles se apaixonam, mas não é do jeito tradicional. É aos poucos, nos detalhes, nos gestos e você vai se apaixonando junto e, quando percebe, já está com a cara no chão! Mas não pense que o livro é só amorzinho. Rainbow dá um banho de lição de moral nas entrelinhas sobre abuso, submissão, preconceito, bullying e auto-depreciação. Resumindo, esse livro é praticamente uma bíblia da adolescência, mas que todo mundo tinha que ler. Você, seu irmão de 10 anos e sua vó de 85. Leiam, por favor.
Oi, Jana!
ResponderExcluirEsse livro é realmente o novo queridinho, e eu pretendo lê-lo em breve. E não se preocupe em surtar, quando eu li um BR chamado É proibido ser diferente, foi muito pior, tanto que nunca consegui resenhá-lo.
P.s. amei a case!
Http://leituraassidua.blogspot.com.br/
Oi Mylane,
ResponderExcluirNunca ouvi falar desse livro brasileiro, vou dar uma procurada a respeito. Eu quase não consegui resenhar esse, por que eu adorei. Sinceramente não esperava tanto. A case do kindle eu comprei em um site japonês!
Beijos