(foto: Capricho)
Sou uma pessoa que sempre gostou muito de ir a shows, apesar de nunca ter dinheiro o suficiente para ir a todos o que gostaria. Mas, sempre que posso vou. Tem alguma coisa de especial em ver a multidão reunida, compartilhando o mesmo sentimento de excitação e emoção em ouvir suas músicas favoritas ao vivo. É quase libertador. Você poder gritar aquela letra que sempre mexe com você, dançar do jeito que você sempre quer quando os acordes daquela canção toca no rádio só que você nunca o faz porque a vida não deixa. Mas você pode fazer durante aquelas duas horas, junto com aqueles desconhecidos e tudo bem, ninguém vai te julgar.
Então,
shows em geral têm essa áurea libertadora, mas o show do Ed Sheeran, que eu
tive o prazer de vivenciar na última terça-feira, levou o meu conceito de
música ao vivo para outro nível. Claro que eu já sabia da genialidade dele. É
só ouvir os dois cd’s lançados nos últimos quatro anos que você percebe que o
cara nasceu pra fazer isso: por sentimentos em palavras. Sentimentos que eu nem
sabia que podiam ser expressados, mas que são de fácil reconhecimento no meio
das poesias cantadas do britânico. É ouvir um refrão e pensar “É, isso mesmo.
Como você sabia?!”
Por
isso mesmo eu comprei o ingresso, porque eu sabia que precisava ver toda
aquela genialidade ao vivo. E agora eu tenho quase certeza de que foi o melhor
show que eu já fui até hoje. E o mais interessante é que as únicas coisas naquele palco além do próprio cantor eram o violão e o microfone. Sem
backing vocals, sem banda, sem nada. Só ele despejando tudo o que existe de
mais profundo e lindo em forma de música, cantando cada palavra com uma emoção
sensacional considerando o fato de que ele poderia muito bem levar tudo com
garantido e ver aquele momento como “apenas mais um show”.
Eu
saí de lá certa de que tinha acabado de ver mágica sendo criada. Voltei pra casa
flutuando em uma nuvem de qual eu não queria descer nunca mais. E até agora eu
me pego pensando no turbilhão de coisas que tomaram conta de mim da primeira a
última música. Não sabia se cantava, dançava ou se apenas ouvia. Vários momentos
eu desisti e apenas paralisei, deixando a música me tragar. E ao olhar para o
lado entendi que todo mundo estava na mesma encruzilhada, exasperados demais
pra entender o que estava acontecendo.
O
problema é que agora eu vou querer que todos os shows da minha vida sejam
assim, especiais. Agora vou sim dar meu dinheiro, mas vou querer em troca toda
essa experiência de novo. Não vou querer só efeitos, dançarinos, um palco
gigantesco e frases sendo soltas a esmo. Vou querer a garantia de que vou voltar
para casa melhor do que era quando eu saí.
Oie :D
ResponderExcluirTe convido para conhecer meu blog!
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Beijo :)
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