25 de nov. de 2013

RESENHA: O Oceano no Fim do Caminho

postado por Unknown



Nome Original: The Ocean at the End of the Lake   
Autor(a): Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 205

O livro escolhido para estrear a área de resenhas do blog se tornou um dos meus livros favoritos. Confesso que nunca tinha me aventurado nos mundos criados por Neil Gaiman. Comprei “O Oceano no Fim do Caminho” por indicação de amigos, vloggers literários e por me maravilhar com a capa que é linda!

Mesmo com essas indicações, tudo que eu sabia sobre a obra era que nela eu acompanharia a história de um menino de sete anos, cujo nome não sabemos mesmo após o término do livro, que um dia encontra o corpo de um dos inquilinos que alugara o seu antigo quarto. Depois de roubar o carro da família, o homem se suicidou. Apenas isso. 

Imagina-se que presenciar uma cena dessas não deva ser fácil para nenhuma pessoa, mas que deve ser muito mais perturbadora para uma criança. E realmente o fato afeta tanto o garoto que dá espaço para o inexplicável começar a acontecer.

O fantástico mundo de Gaiman aparece quando o pequeno protagonista entra na fazenda da família Hempstock, composta por três mulheres de gerações diferentes, e conhece a menina Lettie que o apresenta ao “oceano”. A partir de então não se sabe mais o que é real e o que é fruto da fantasia do garoto.

Sou da opinião de que os livros de Neil Gaiman são para as pessoas que gostam de interpretar. Como disse, esse foi o meu primeiro livro dele, mas pelo que se é conhecido do autor, sabe-se que Gaiman nunca escreve nada mastigado como aquele tipo de livro que você só precisa ler e não pensar. Ele faz nosso cérebro trabalhar e é incrível como ele faz isso com maestria em Oceano.



Nessas poucas páginas (vamos combinar que o livro é bem curtinho) percebemos claramente que algo dentro do garoto se quebrou depois de ter encontrado o corpo do inquilino. De uma hora para outra ele tem que aprender a lidar com elementos como o medo e raiva que aparecem personificados em uma criatura hedionda que se torna a nova governanta da família, Úrsula Monkton.

Em toda a leitura eu senti uma angústia tremenda por: não saber se era real ou não; por desejar que não fosse real; e por entender que muitas coisas acontecem durante nossa infância que não sabemos como lidar. Algumas experiências são simplesmente demais para uma criança e o menino criado por Gaiman passa por várias delas. Coisas essas que ele levará para sempre.

“Eu quero me lembrar – falei. – Por que aconteceu comigo. E ainda sou a mesma pessoa.” (pág. 117)

Pensei muito no que falar sobre esse livro e percebi que, provavelmente, escolhi um dos livros mais complexos da minha estante para resenhar! Estou longe de ter o dom de Neil Gaiman então é quase impossível passar em poucos parágrafos o turbilhão de sentimentos que tive enquanto me aventurei pelas páginas dessa obra literalmente fantástica

Esse é um livro que dias depois de terminá-lo você ainda se pega pensando na história, ou pegando o livro para reler alguns trechos marcantes (existem muitos!). Além da tensão constante, e da escrita extremamente poética de Neil Gaiman, o livro é cheio de metáforas o que o torna um conto fantástico extasiante para jovens e adultos!




2 comentários:

  1. Nossa, me pego pensando nesse livro sempre também, Jana!
    Acho que preciso reler umas 30 vezes pra ver se consigo falar algo sobre ele que faça sentido.
    Adorei a resenha.

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    Respostas
    1. Pois é migs, mas livro bom é livro assim, que faz a gente pensar!!

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O que acharam do post, borralhos? Me contem tudo, mas sem brigar, viu?

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