17 de dez. de 2016

RESENHA: The Sun Is Also A Star

postado por Unknown


Título Original: The Sun Is Also A Star
Autor(a): Nicola Yoon
Ano: 2016
Editora: Delacorte Press
 Páginas: 384


Várias coisas me fizeram amar The Sun Is Also a Star e eu vou listá-las pra vocês.

Quero começar dizendo que eu já tinha 90% de certeza que eu acabaria amando essa história. Só não tinha 100¨% por que nada nessa vida é garantido além da morte. Mas a capa maravilhosa, a sinopse e, o mais importante de tudo, o fato de ser um livro escrito pela Nicola Yoon me deram segurança e me fizeram comprar o e-book assim que eu pude.

Vi o livro em listas de mais vendidos dos EUA e em várias listas de melhores livros de 2016. Em algumas dessas listagens de livros que marcaram o ano, TSIAS aparecia como o único livro YA. Pensei comigo mesma que esse livro deveria ser maravilhoso. E é.

Tudo se passa em um único dia em Nova Iorque em que Natasha e Daniel se conhecem devido a uma corrente de eventos orquestrados pelo destino, as estrelas, o universo, Deus, ou qualquer outra força que você possa acreditar.

Natasha tem 17 anos e está vivendo o pior dia da vida dela. Ela só tem algumas horas até que sua família seja deportada para Jamaica e é fazendo uma última tentativa para reverter essa situação e continuar nos EUA que ela conhece Daniel, um garoto Americano-Koreano que está indo fazer uma entrevista para entrar em Yale e cursar medicina, como seus pais ultra tradicionais querem.

Natasha é racional, tem alma e intelecto de cientista. Ela acredita em fatos e dados. Provas. Nada de superstições, destino, poder do universo ou outros elementos que poderiam explicar como ela e Daniel acabam se encontrando e tendo uma ligação tão forte tão rápido. Ele, pelo contrário, é um sonhador. Daniel quer ser um poeta. Ele acredita no poder da poesia, do amor e dos sonhos. Ele é bem fofo, na verdade.

Preciso assumir que eu mesma sou um pouco cética pra certas coisas então no começo foi um pouco difícil aceitar alguma das coincidências e corrente de fatos que juntam Natasha e Daniel. Mas a verdade é que não importa. Acreditando ou não em destino, a história vinga. Ela te faz acreditar, pelo menos por algumas horas, que sim é possível que os planetas se alinhem e todas as forças místicas que existem trabalhem juntas pra fazer duas pessoas viverem o que está escrito pra eles.

E mesmo que você torça o nariz pra coincidências o livro é muito mais que isso. Tem um motivo para TSIAS estar sendo tão aclamando pela crítica estrangeira. Ele fala de assuntos importantíssimos de uma forma jovial.

Lista de motivos para amar The Sun Is Also a Star:

  • Imigração. Com a eleição de Donald Trump (que eu gosto de chamar de Filho da Besta), esse assunto está no top 3 de assuntos mais falados no mundo, principalmente nos EUA. Como já ficou claro, essa é a ponte principal do livro. Natasha é uma imigrante ilegal, Daniel nasceu na Terra do Tio Sam, mas seus pais são imigrantes. Deixar seu país natal e ir pra outro em busca de oportunidades e sonhos é um ato de coragem, mas as leis anti-imigração que existem por aí nos fazem esquecer disso.
  • Mix de cultura. Cultura Jamaicana, cultura coreana e cultura negra são tratadas demais durante todo o livro e isso é legal. É muito legal. É maravilhoso. Tem explicação sobre tudo e uma humanização de aspectos dessas culturas que eu achei maravilhoso. Nicola fez quase um papel socioeducativo de uma maneira leve e que entretém ao invés de aborrecer.
  • Romance Inter-racial. Não vou dizer que é a parte mais importante do livro por que tudo nele é sensacional, mas isso é de uma relevância enorme. Nicola não só colocou uma garota negra e um garoto asiático como par romântico, ela ainda trabalhou o preconceito que (pasmem) ainda existe e vem tanto de estranhos que ficam chocados quando veem duas pessoas diferentes juntas, quanto da própria família dos ditos cujo.
  • Protagonistas não caucasianos. E agora que eu estou escrevendo isso, percebo que 90% dos personagens da história são todos de etnias não caucasianas. Não quero ser repetitiva mas – atenção – REPRESENTATIVIDADE IMPORTA. O livro é sobre uma garota negra e um garoto coreano que se encontram e se gostam. Quantos livros assim existem por aí? Quantos livros que romantizam etnias diferentes existem por aí? Eu estou aqui pra enaltecer livros representativos sim!
  • O amor! A juventude! A leveza! A realidade! A história é cheia desses aspectos políticos e sociais incríveis que listei, mas continua sendo um romance adolescente. Continua sendo uma história linda e gostosa de ler que no final te faz lacrimejar e pensar “todo mundo precisa ler isso”. 

Então, tendo dito tudo isso, se eu puder dar um conselho pra vocês seria o seguinte: leiam esse livro. Paz.

3 comentários:

  1. Oi, Jana!
    Mulher, tempos que não passo por aqui hahhaha
    Eu queria muito ler esse livro justamente por sua lista de motivos, mas tenho um pé atrás com a autora por conta do seu livro anterior. Eu criei muita expectativa e recebi um 7x1 de volta.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe do Natal Literário
    Participe da promoção de três anos de Um Oceano de Histórias
    Participe do Sorteio de Final de Ano

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Menina, a culpa é minha que parei de atualizar! Hahahah
      Ah que pena que você se decepcionou com o outro livro. Eu o amei, mas confesso que gostei mais de The Sun <3.
      Beijos

      Excluir
  2. Menina!! Esse livro escalou para o topo da minha lista de desejados! Tanto pela história, que eu adoro isso de pessoa de humanas se apaixona por pessoa de exatas, como pelo fato de ter protagonistas que não são caucasianos. Adoro quando outras etnias são representadas e relacionamentos inter-raciais são tão raros nos romances, que eu preciso prestigiar quando isso acontece!
    Adorei a resenha!!

    Beijinhos~
    C'est la Lola

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O que acharam do post, borralhos? Me contem tudo, mas sem brigar, viu?

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